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Mostrando postagens de março, 2014

Eles mentiram sobre Curitiba, Jaqueline Ribeiro

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Poucos locais me surpreenderam tanto quanto Curitiba. Pare tudo o que você estiver fazendo, procure em sua mente o arquivo que diz que curitibanos são antipáticos e delete. Só posso falar do agora, mas, certamente já faz algum tempo que esta percepção não procede, só não disseminaram o contrário com a mesma intensidade com que falam aos quatro cantos o quanto o curitibano é nariz empinado. Não sou nem um pouco suspeita pra falar, porque eu nunca quis morar aqui, não conhecia ninguém de Curitiba e, só no final do ano passado, fui descobrir que tinha parentes aqui. Ou seja, estou livre de qualquer tipo de coerção sentimental em relação à cidade. Por motivos que não vem ao caso, eis me aqui, vivendo nesta cidade até sabe lá Deus quando. Mas é claro que se eu puder escolher, pretendo ficar. Poucos locais me surpreenderam tanto quanto Curitiba. Primeiro porque eu sou das que tinha em mente a famosa percepção de que curitibanos não são sociáveis e blá blá blá, e segundo porqu

Missões jesuíticas

Uma viagem cultural ao início da colonização  Não são somente as belezas das Cataratas do Iguaçu, a tecnologia e o impacto da hidrelétrica de Itaipu, as compras no Paraguai e os passeios na Argentina que marcam o turismo na região da Tríplice Fronteira. A poucos quilômetros do centro de Foz do Iguaçu, há uma outra grande aventura aos interessados numa viagem cultural e histórica sobre a América do Sul dos séculos XVI e XVII: as  Missões Jesuíticas .  As reduções, como ficaram conhecidas, ocuparam por 200 anos áreas dos atuais estados do Paraná e Rio Grande do Sul, e ainda do Paraguai, Argentina e Uruguai. Das 30 reduções identificadas nessa grande área, sete estão localizadas no Leste do Paraguai e 14 no norte da Argentina, bem próximas à fronteira brasileira com Foz do Iguaçu, num raio de aproximadamente 300 quilômetros.   Há três roteiros alternativos para conhecê-las e percorrer parte de quatro séculos de história, cultura, arte e organização social do pov

Blog do Aender

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Córdoba – Argentina Nunca tinha feito isto antes. Mas eis que aparece uma promoção relâmpago de vôo noturno GOL/Smiles com apenas 12 mil pontos ida e volta em um fim-de-semana que seria meio parado em SP…  Não pensei nem meia vez. Aqui estou, na segunda maior cidade da Argentina: Córdoba. Entre a decisão e o embarque passaram-se apenas 5 horas. Córdoba, com seu 1,5 milhão de habitantes é a segunda cidade da argentina e capital da  Província de Córdoba, que tem algo em torno de 3 milhões de habitantes, atrás apenas da Província de Buenos Aires, que concentra 1/3 da população argentina. Fica bem no coração do país, na zona de transição entre as planícies dos rios Prata, Paraguai, Paraná e os Andes, assim como também é ponto de passagem para o norte pobre da Argentina. Este mapa, oficial argentino, é engraçado: colocam as Malvinas/Falklands como parte da Província da Terra do Fogo e incluem um pedação da Antártica…   E aqui tem um patrimônio da humanidade – razão de eu

Nação de pedintes

Fernando Martins A cena foi real; aconteceu há alguns dias: o universitário reclama da demora do atendimento no caixa de uma farmácia de Curitiba. Exaltado e falando alto, chama a atenção dos demais clientes. Exige que a dona do estabelecimento contrate mais funcionários. Diz ter direito a ser bem atendido. E sai, irritado. Detalhe: a espera na fila não era muito superior a um minuto; havia poucas pessoas na loja. Talvez o estudante já estivesse nervoso e só tenha “estourado” lá dentro. Ou havia tido uma má experiência anterior naquele local e aproveitou para “descontar”. Impossível saber. Mas, em sua fúria, deixou escapar uma visão distorcida que vem sendo compartilhada com frequência cada vez maior: a ideia do direito como benefício ou vantagem exclusivamente individual, desprovida da contrapartida dos deveres com a comunidade. O direito sempre trouxe consigo a concepção do dever social. A origem da palavra, no latim, é de rectum – perfeitamente reto. De onde está o princípio do

Como Caravaggio apresenta um coletor de impostos que me faz entender o próximo, bem próximo, ao lado.

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Procurava uma cena de Caravaggio, era a chamada “ A vocação de São Mateus”, em que Mateus é convocado por Jesus para segui-lo. Caravaggio ambientou a cena em que Jesus faz o chamado a Mateus num local bem conhecido à época, chamado telônio, onde se fazia o câmbio de moedas entre os judeus, ao pintar o quadro, tornou o local bem parecido com uma taverna. Conto mais: Mateus, filho de Alfeu, nascido Levi “ganhou” do pai uma coletoria em Cafarnaun, tomando impostos para Herodotes Antipas. A profissão  de coletor de impostos era detestada e os judeus que assim enriqueciam eram detestados, parias. Jesus estava voltando da “Cura de um paralítico” e vendo Mateus disse-lhe: _ “Segue-me”, muitos também escutam, poucos seguem, Mateus foi um dos que seguiu. Os fariseus quando veem Jesus cercados deste tipo de gente, publicanos (coletores), e outros pecadores perguntam como Jesus os tem em sua compania, ele responde: _ “Os sãos não precisam de médico, precisam de médico os doentes...”

Motos antigas

Gazeta do Povo, 06 de março de 2014 Carlos Ramalhete CARLOSGAZETA@HSJONLINE.COM Poucas coisas atingíveis expressam tão bem o engenho humano quanto uma motocicleta dos “tempos áureos”, do pós-guerra até a popularização dos componentes eletrônicos. Uma massa de metal finamente fundido e torneado, uma obra-prima da engenharia que se sustenta sobre apenas dois pequenos pontos de apoio – a parte da roda em contato com o chão – quando em movimento. Para tornar tudo ainda melhor, ela leva estrada afora seu feliz piloto, numa relação peso-potência de dar inveja a carrões caríssimos, imerso na paisagem, com o vento no rosto, numa sensação de liberdade que só pode ser ultrapassada pelos poucos que têm condições financeiras de dar-se ao luxo de manter um ultraleve em um hangar perto de casa. É bem verdade que uma moto nova vai dar menos trabalho e vai ter peças mais fáceis de encontrar, mas uma moto antiga permite que o próprio dono faça grande parte dos serviços de manutenção, sem
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VISITA DA EMBAIXADORA DOS ESTADOS UNIDOS NO BRASIL LILIANA AYALDE E DO CÔNSUL GERAL DOS ESTADOS UNIDOS EM SÃO PAULO DENNIS HANKINS AO CENTRO CULTURAL BRASIL-ESTADOS UNIDOS DE CURITIBA/ INTER AMERICANO. 19/02/2014 (Esquerda para a direita)  João Antonio Baptistella, Vice-Presidente do Conselho de Administração do Inter Americano; Dennis Hankins, Cônsul Geral dos Estados Unidos em São Paulo; Noel Edmar Samways, Conselheiro do Inter Americano; Eleutério Dallazem, Secretário do Conselho de Administração do Inter Americano; Liliana Ayalde, Embaixadora dos Estados Unidos no Brasil; Claricio Paulo Casagrande, Diretor-Presidente do Inter Americano; Diniz Mehl Andrusko, Presidente do Conselho de Administração do Inter Americano; Elemar Kuchler, Diretor de Cursos do Inter Americano e Marcos Julio Olivé Malhadas Junior, Diretor Financeiro do Inter Americano.